A 12ª Expoepi será realizada no Centro de Convenções, em Brasília (DF), entre os dias 16 e 19 de outubro. O evento, organizado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério (SVS/MS), tem como objetivo promover debates e premiar experiências inovadoras realizadas por equipes de saúde das Secretarias Estaduais e Municipais de todo o Brasil.

Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde, avalia que a Expoepi é uma oportunidade para que ações bem sucedidas sejam multiplicadas para um grande número de profissionais. “É uma maneira para disseminar rapidamente, de forma instantânea, essas boas experiências que acontecem por todo Brasil. É uma oportunidade única, por exemplo, que a experiência de um pequeno município do Nordeste no controle da dengue possa ser conhecida ou que um pequeno município da Amazônia possa mostrar como controlou a malária. Ao contrário do que ocorre nos demais congressos científicos nacionais, na Expoepi quem tem a voz são os próprios profissionais de saúde”, afirma.

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Segundo o secretário, a Expoepi não é um espaço para a apresentação de projetos e sim de ações bem executadas. “Nós buscamos resultados. Por exemplo, que ações foram feitas por um determinado município para melhorar a cobertura vacinal das crianças? Nós vemos que tem município que tem os mesmos problemas de outros, mas que conseguem, com esforço e compromisso, fazer estratégias criativas, adaptadas à realidade local e que são altamente eficazes para aperfeiçoar a vigilância e resolver o problema de várias doenças”.

Para Jarbas Barbosa, a mostra está fundamentada em dois eixos principais: debater e premiar as ações mais relevantes realizadas pelas equipes de saúde. “Teremos mesas-redondas, conferências e paineis em que os avanços tecnológicos, novas metodologias e estratégias serão discutidas e aprofundadas. O encontro serve como uma atualização técnica para todos os profissionais que atuam na área da vigilância, prevenção e controle de doenças”, analisa.

O secretário afirma que a expectativa é receber cerca de três mil profissionais durante o encontro. “A edição desse ano apresentou um recorde de inscrições de trabalhos, que concorrerão na Mostra Competitiva. Foram cerca de 800 experiências enviadas para nossa avaliação. Por isso, esperamos que entre 2,5 e 3 mil profissionais de todo o país estarão presentes”, informa.

Debate e premiação - Na Mostra Competitiva, serão premiadas experiências no controle de malária, dengue, hepatites virais, DST/aids, melhoria na vigilância de óbitos maternos e infantis, saúde do trabalhador e vigilância ambiental. “Selecionamos as três melhores experiências de cada tema. Elas serão apresentadas nas mesas-redondas e o público vai escolher a melhor em votação direta. A ideia é não só reconhecer e valorizar o esforço do profissional que faz a diferença em seu estado e município, mas também fazer com que essa apresentação pública dissemine os bons exemplos que temos dentro do Sistema Único de Saúde”, explica.

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Durante a Expoepi, o público também vai escolher os melhores trabalhos acadêmicos, em níveis de especialização, mestrado e doutorado. “São os trabalhos que mais deram informações para as ações, que procuraram resolver problemas, melhorar o conhecimento e discutir metodologias e estratégias de intervenção”, explica o secretário.

Festival de Humor e exposição histórica – A Expoei também contará com um Festival Internacional de Humor e Arte relacionado à aids e com uma exposição histórica dos 110 anos da vigilância em saúde no Brasil. “O Festival buscará tratar de uma forma bem humorada a prevenção à aids, a partir do trabalho de cartunistas e humoristas. A ideia é que mensagens importantes sejam veiculadas de uma forma mais fácil de serem disseminadas”, informa o secretário.

“Teremos também a atualização da exposição realizada em 2003, na época do centenário das ações de vigilância, prevenção e controle de doenças no Brasil. São 110 anos desde a criação do Departamento Geral de Saúde, em 1903, que era dirigido por Oswaldo Cruz. A mostra é bastante interativa, com recursos modernos de comunicação, e terá figuras, desenhos, fotos, jornais e equipamentos da época. A ideia é que a depois se torne itinerante”, completa.