O SUS no panorama atual da saúde e as tendências futuras embasaram as reflexões de trabalhadores do Ministério da Saúde que se encontraram na roda de conversa “A arte de fazer escolhas e os desafios do SUS na consecução de seus objetivos”, realizada na sexta-feira (21/8).
Na abertura do bate-papo houve contextualização sobre a mudança do perfil de saúde da população brasileira, com indicadores da transição demográfica que apontam para o crescente envelhecimento da população. Entre os itens que compõem os desafios atuais está o percentual de crescimento da população idosa, 700% em menos de 50 anos. Outro desafio colocado foi o da “dupla carga de doença”, com incidência de doenças infecciosas e crônico-degenerativas e o aumento de doenças crônicas como o câncer.
Para ajudar na troca de experiências foi exibida uma animação sobre gestão de recursos, custos e planejamento, com a proposta de mostrar a importância da eficiência e otimização da aplicação de recursos para um resultado final que atenda com qualidade as necessidades da população. “Hoje, quando falamos de tomada de decisão, temos várias ferramentas que nos ajudam a fazer escolhas, sempre visando eficiência no uso dos recursos, sem com isso afetar a qualidade e o alcance do serviço”, destacou Maciene Mendes da Silva, do Departamento de Economia da Saúde, Investimentos e Desenvolvimento – DESID/SE/MS.
O grupo ainda refletiu sobre a diversidade de demandas apontadas por atores locais, além de especificidades regionais em relação à oferta de serviços, estabelecendo consenso de que critérios claros e um olhar ainda mais cuidadoso sobre os custos são essenciais em uma gestão comprometida.
Outro momento importante foi a apresentação dos instrumentos do Departamento da Economia da Saúde do Ministério da Saúde (DESID/SE/MS ), que facilitam e tornam eficiente a gestão de custos. É caso do Programa Nacional de Gestão de Custos (PNGC), voltado para a promoção da gestão de custos no âmbito do SUS ; do Banco de Preços em Saúde (BPS), do Sistema de Apoio à Organização e Elaboração de Projetos de Investimentos em Saúde (SomaSUS) e do Sistema de Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS).

Educação permanente
A Analista Técnica de Políticas Sociais e Trabalho, da Coordenação de Desenvolvimento de Pessoas (CODEP/CGESP), Rosemar A. Prota da Silva, chamou a atenção para o momento de pausa na rotina de trabalho para se pensar a prática diária. “A educação permanente tem esse papel de, a partir desses momentos de troca de saberes, conduzir reflexões riquíssimas que contribuem para um outro olhar sobre nosso cotidiano” .
Ao final do bate papo os participantes avaliaram a atividade.
Na opinião do assessor técnico do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais, Vitor Rocha de Araújo, a troca de informações ajuda na construção de uma “visão mais holística da saúde e do SUS dentro do próprio Ministério da Saúde”.
O coordenador de Qualificação de Investimentos em Infraestrutura em Saúde (CQIS), Marcelo Sette Gutierrez, lembrou os 4 pilares dos cuidados em saúde, destacando o papel estratégico da Economia da Saúde para o fortalecimento dessas estruturas. “ A qualidade dos cuidados em saúde depende de Pessoal, Equipamento, Medicamentos e Ambiente. E a economia da saúde está o tempo todo trazendo essa visão de gestão eficiente, o que é fundamental para sustentação desses pilares”, disse Sette.

Fonte: Mônica Oliveira - jornalista DESID/SE/MS