Durante a reunião realizada dia 24/09 foi discutido, além do encerramento do surto de sarampo no Ceará, o programa Mais Médicos, a proposta de lei orçamentária anual (PLOA 2015), a minuta de portaria que dispõe sobre a participação complementar da iniciativa provada na execução de ações e serviços de saúde no SUS e a minuta que aprova a revisão de normas do PMAQ.

Na ocasião, foi feita a leitura do Manifesto do Conasems em defesa do SUS (Confira o Manifesto). Além disso, foi entregue ao Ministro da Saúde, a carta de apoio à PEC nº1-A/2015, elaborada em conjunto pelo Conasems e Conass. De acordo com o presidente do Conasems, Mauro Junqueira, o documento apoia a PEC como uma saída para amenizar a falta de recursos. "Vai faltar pra esse ano 5,8 bilhões e para o ano que vem 16,8 bilhões. O orçamento não garante o que tem hoje, nem muito menos contempla ampliações", ressaltou.

Segundo ele, é necessário, diante do cenário, trabalhar pela manutenção do que já existe. "Não temos como pactuar por políticas novas. Vamos tentar sensibilizar a população e os governantes para se mobilizarem pela aprovação dessa PEC que será um instrumento de negociação", disse.

A cerimônia de assinatura da nota informativa sobre o encerramento do surto de sarampo no Ceará aconteceu na abertura da reunião - foi assinada uma carta que garante a erradicação da doença no estado. Em 2014, foram relatados 947 casos de sarampo em 9 estados brasileiros, 694 casos apenas no Ceará. De acordo com Chioro, secretários municipais tiveram extrema importância na realização desse trabalho. “Além da equipe de Vigilância Sanitária que se empenhou bastante, queria também parabenizar o COSEMS Ceará que trabalhou junto com a gente para chegarmos a esse resultado positivo”, elogiou.

Sobre o Programa Mais Médicos, Heider Aurélio, explicou que, se mantida a lei atual, em 2018, terá um grande número de médicos fazendo residência em Atenção Básica nos municípios. "Esse número provavelmente será maior que o total de médicos cubanos que vieram para o Brasil pelo Programa", destacou. Segundo ele, é necessário entender a obrigação dessa residência no SUS como estratégia sustentável de média e longo prazo para garantir os médicos nos municípios.

Fonte: http://www.conasems.org.br