Representantes de países da América do Sul vêm ao Brasil nesta segunda-feira (18) conhecer a estratégia Rede Cegonha, modelo de atenção que amplia e fortalece a assistência às grávidas e às crianças até o segundo ano de vida. A apresentação será feita durante o Simpósio Internacional de Redes de Atenção à Saúde da Mulher e da Criança. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participará da abertura oficial do evento, que é organizado pelo Ministério da Saúde e Organização Pan-Americana? de Saúde (OPAs).

O simpósio prevê a troca de experiências internacionais e nacionais bem-sucedidas sobre a atenção obstétrica e infantil, com foco nas ações que visam reduzir a mortalidade materna e infantil. A Rede Cegonha será apresentada a representantes de saúde dos países da América do Sul, aos gestores locais do Sistema Único de Saúde (SUS) e às organizações civis.

O plano tem uma atuação integrada com as demais iniciativas para a saúde da mulher e criança no SUS. Inicialmente, o foco das ações serão as regiões da Amazônia Legal e Nordeste, que têm os mais altos índices de mortalidade materna e infantil, e as regiões metropolitanas, envolvendo a maior concentração de gestantes. “Um dos desafios do SUS é garantir ás gestantes um parto de qualidade e humanizado”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. De acordo com uma pesquisa da Fundação Perceu Abramo, citada pelo ministro na abertura do evento, 27% das mulheres relatam algum tipo de violência (verbal e física) durante o parto. “Isso nós não podemos tolerar.”

O programa prevê um conjunto de ações que visam integrar e ampliar uma rede de cuidados, que assegure às mulheres assistência adequada desde o planejamento familiar, a confirmação da gravidez, passando pelo pré-natal e o parto, pós-parto e a atenção ao bebê até seus dois primeiros anos de vida.

A estratégia da Rede Cegonha conta com o orçamento de quase R$ 9,4 bilhões do Ministério da Saúde para investimentos até 2014. Ela foi lançada em março, pela presidenta da República, Dilma Rousseff. As ações são articuladas nas três esferas de gestão do SUS (União, estados e municípios) para garantir a melhoria da qualidade dos diversos serviços de saúde que compõem esta rede de atenção à saúde da mulher e da criança.

AÇÕES – O modelo de assistência proposto pela Rede Cegonha inclui a garantia dos testes rápidos tanto de gravidez, quanto de detecção de HIV e sífilis. A estratégia pretende qualificar o pré-natal garantindo um mínimo de seis consultas, além de uma série de exames clínicos e laboratoriais.

São ações também contempladas na estratégia o acompanhamento desde o início da gravidez até o parto; a qualificação dos profissionais que atuam nas áreas obstétrica e infantil e novas estruturas como as Casas da Gestante e do Bebê e os Centros de Parto Normal. A rede hospitalar obstétrica de alto risco será fortalecida, com ampliação progressiva da quantidade de leitos na rede SUS.

A Rede Cegonha também prevê a atenção integral à saúde da criança, com foco até o segundo ano de vida, desde a promoção do aleitamento materno, até a melhoria do acesso a serviços especializados para recém-nascidos e crianças que apresentarem problemas de saúde.

Fonte: http://portal.saude.gov.br